O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Mato Grosso do Sul entrou com ações judiciais solicitando a cassação dos registros de candidaturas e diplomas de diversos candidatos em Sidrolândia. A denúncia aponta fraude no cumprimento das cotas de gênero exigidas pela legislação eleitoral, que determina que 30% das candidaturas proporcionais devem ser de mulheres. Segundo o MPE, algumas dessas candidaturas seriam fictícias, criadas apenas para cumprir o percentual mínimo sem efetiva intenção de participação eleitoral.
Entre os envolvidos estão membros de diferentes partidos e federações, incluindo PSB, Republicanos e a Federação Brasil da Esperança (composta por PT, PV e PCdoB). As investigações indicam que várias candidatas não realizaram campanhas, apresentaram movimentação financeira irrisória ou sequer demonstraram intenção real de buscar votos.
De acordo com o Ministério Público, os seguintes nomes foram incluídos no pedido de cassação:
De acordo com a promotora Daniele Borghetti Zampieri de Oliveira, a prática envolve o registro de candidaturas femininas sem que as candidatas tivessem efetiva intenção de concorrer. “Essa manobra desvirtua o objetivo da legislação, que é ampliar a representatividade feminina na política”, declarou.
O levantamento mostra que algumas candidatas obtiveram votações extremamente baixas ou até mesmo nulas, o que, segundo a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é um indício claro de fraude. Em muitos casos, as candidatas não realizaram atos de campanha, e suas prestações de contas indicaram movimentação financeira ínfima ou inexistente.
Se confirmadas as irregularidades, os envolvidos poderão enfrentar sanções como:
A denúncia atinge diretamente o equilíbrio político em Sidrolândia, podendo resultar na redistribuição das vagas da Câmara Municipal. O MPE enfatiza a necessidade de rigor na aplicação da lei para coibir práticas que enfraquecem a democracia. “Fraudes como esta comprometem a confiança do eleitor no sistema eleitoral”, afirmou a promotora.
Os representados já foram notificados e terão a oportunidade de apresentar suas defesas no prazo legal. A Justiça Eleitoral decidirá se acata o pedido do MPE, incluindo a concessão de tutela antecipada para suspender os diplomas enquanto a ação estiver em curso.
Enquanto isso, a população de Sidrolândia aguarda o desdobramento do caso, que pode servir de exemplo para outras localidades e reforçar a importância da transparência nas eleições.
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