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Justiça MS

Despachante acusado de fraude no Detran-MS pede suspeição de juíza

Confira os detalhes.

13/11/2024 14h04
Por: Tribuna MS Fonte: Conteúdo MS
despachante David Clocky Hoffaman Chita | Créditos: Reprodução/Midiamax
despachante David Clocky Hoffaman Chita | Créditos: Reprodução/Midiamax

David Cloky Hoffaman Chita, despachante foragido da justiça por fraudes no Detran-MS, solicitou a suspeição da juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, que conduz o processo contra ele por inserção de dados falsos no sistema do órgão.

O pedido, que será analisado pelo Tribunal de Justiça de MS (TJMS), alega que a juíza estaria "contaminada" pelas provas, pois foi a responsável por decretar a prisão preventiva de Chita e a prisão domiciliar de Yasmin Osório Cabral, servidora comissionada também acusada no esquema. A defesa argumenta que a atuação da juíza no inquérito policial do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) comprometeria sua imparcialidade na condução do processo.

Caso o TJMS acate o pedido de suspeição, um novo magistrado será designado para o caso e poderá reavaliar as decisões tomadas pela juíza Eucélia. O advogado de Chita, Wilson Tavares, afirmou não poder comentar o caso devido ao sigilo do processo.

Chita busca delação premiada e cita deputado federal

Em setembro, David Chita formalizou um pedido de delação premiada ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). Ele alega ter sido contratado pelo deputado federal Beto Pereira (PSDB) para operar o esquema de fraudes no Detran-MS, mas afirma que o parlamentar seria o verdadeiro líder da operação.

Chita também acusa outros políticos do PSDB de envolvimento no esquema, incluindo o ex-prefeito de Nova Alvorada do Sul e ex-diretor do Detran, Juvenal Neto. Um vídeo com as acusações de Chita foi entregue ao Procurador-Geral de Justiça de MS, Romão Ávila Milhan Júnior, que o encaminhou ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.

O MPMS ainda não se manifestou sobre o pedido de delação premiada. A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, decidirá sobre o possível desmembramento da investigação dos demais citados por Chita.

Com informações do Midiamax